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O Aroma do Nardo

De maneira geral, a experiência dos cristãos é idêntica: logo que são regenerados, seu coração se enche de gratidão a Cristo e passam a testemunhar Dele como seu Salvador. Infelizmente, a experiência da maioria dos cristãos pára nessa etapa, no conhecimento de Jesus como o Salvador. Mas é preciso avançar. Se continuarmos a buscar Cristo, especialmente depois de sermos conduzidos à igreja, pouco a pouco começaremos a perceber que Ele não é somente nosso Salvador, mas é também o nosso Senhor. Se conhecemos o Senhor Jesus apenas como Salvador, isso demonstra que nossa experiência espiritual ainda é superficial, demonstra que ela não avançou desde seu início. Precisamos progredir no conhecimento vivo de nosso Senhor. Se O buscarmos diligentemente, nós O conheceremos cada vez mais e seremos, por isso, mais e mais atraídos por Ele. Cada dia veremos o quanto Ele nos ama, quanta misericórdia tem de nós: concedeu-nos tamanha graça em nossa salvação, fomos ressuscitados juntamente com Ele e com Ele fomos assentados nos lugares celestiais! Que tamanho amor demonstrado por pecadores tão caídos como nós! Por causa do Seu grande amor por nós, somos atraídos pelo Senhor. Quanto mais atraídos, mais nos maravilhamos com o fato de Ele considerar Sua amada alguém como nós. Assim, começamos a anelar por Sua Pessoa, e este anelo nos faz correr após Ele, buscando-O cada vez mais.

DONG Yu Lan. Cântico dos Cânticos – Os Oito Estágios do Crescimento Espiritual. Editora Árvore da Vida. São Paulo, 2006.




E nós?  


Não podemos deixar-nos enganar: nem sempre fazer tudo certo é resultado do operar da vida divina. Há até mesmo muitos incrédulos que são honestos, bondosos e pacientes – contudo, isso é apenas fruto do velho homem, de sua natureza caída não-regenerada. Precisamos avaliar nossa situação espiritual à luz do Senhor, a fim de perceber se temos vivido por Sua vida ou por nós mesmos, pela vida divina ou pelas leis e regras. (...)

Podemos dizer que experimentamos a luz do mundo no momento inicial da nossa salvação, quando cremos em Jesus e O recebemos como nosso Salvador, tornando-nos, assim, filhos de Deus.  Entretanto, isso é apenas o começo – nesse momento somos como crianças recém-nascidas em relação à vida divina. Mesmo humanamente, por mais “engraçadinho” que seja um bebê, nenhum pai deseja que ele permaneça como um bebê para sempre. Se isso ocorrer, certamente há algum sério problema com aquela criança. Do mesmo modo, Deus regenerou-nos a fim de que cresçamos, de que amadureçamos espiritualmente por meio do crescimento de Sua vida em nós.

Para deixarmos de ser criança e tornar-nos crescidos espiritualmente, devemos ter a luz da vida, que é como a luz do quarto dia da criação em Gênesis 1, a qual possibilitou o crescimento e a multiplicação da vida. Na luz do Senhor vemos a luz (Salmo 36: 9), ou seja, a partir da luz do mundo vemos e obtemos a luz da vida.
Precisamos dar importância a essa palavra, a esse alerta de Deus. Por séculos, Ele tem esperado obter  um povo composto de cristãos maduros, nos quais Sua vida se manifeste sem impedimento. Por isso, precisamos nos auto-avaliar a fim de ver qual é nossa situação real: o que em nós ainda está em trevas? Que partes do nosso ser não temos permitido que o Senhor ilumine? Temos buscado o crescimento de vida? Temos aproveitado as situações de sofrimento para crescer ou agimos como qualquer incrédulo, murmurando e colocando a culpa em outras pessoas ou nas situações ao nosso redor?


A Volta do Senhor
 
Alguns dizem que o Senhor voltará quando a última pessoa predestinada à salvação for alcançada pelo evangelho. Isso, no entanto, não corresponde à revelação da Bíblia. Na verdade, o Senhor voltará quando tiver na terra um grupo de pessoas suficientemente maduras a ponto de expressá-Lo entre os homens, a ponto de estabelecer entre os homens o Seu reino. Os sinais exteriores, como as guerras no Oriente Médio ou a busca crescente pelo esoterismo ou ocultismo, indicam que Jesus está voltando, mas o fator determinante será a maturidade de Seu povo. Aqueles, porém, que não forem encontrados amadurecidos à época da volta do Senhor, serão disciplinados nas trevas exteriores, enquanto os vencedores, os cristãos maduros, poderão participar das bodas do cordeiro por mil anos. Por isso, não podemos mais perder tempo, não podemos mais dar  desculpas para aquilo que a luz revelar em nós – precisamos arrepender-nos e voltar à vida.

Portanto, deixemos nossas coisas de lado, nossos conceitos, opiniões, justificativas, mágoas e rancores; neguemos a nós mesmos, arrependamo-nos , tratemos com as barreiras que posam existir entre nós e outros irmãos , a fim de amarmos a todos indistintamente. A menor prova de que amamos o Senhor é nosso amor pelos irmãos. Você poderá dizer: “Todos os irmãos são amáveis, menos aquele. Ele me ofende e eu não o suporto”. É possível amar uma pessoa “querida” sem que para isso precisamos do amor de Deus, mas para amar a quem nos ofende, a quem temos motivo para não amar, necessariamente precisamos do amor de Deus. Esses irmãos que nos maltratam são os que o Senhor usa para mostrar nossos erros, pois todos somos filhos da luz (Efésios 5: 8).

Fonte: DONG Yu Lan. A Luz da Vida. Ed. Árvore da Vida, Janeiro, 1999



Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.
(Hebreus 11: 8)

Quando respondemos ao chamamento do Senhor, confiando em Sua palavra, a fé surge em nós. Conforme prosseguimos em nossas experiências com Deus, nossa fé cresce pouco a pouco. Abraão passou por isso. Deus não lhe disse para onde deveria ir; apenas ordenou que saísse de onde estava. Loco, ele não sabia para onde Deus queria levá-lo, mas ainda assim, obedeceu.

Se Abraão soubesse que a terra para onde se dirigia era habitada por outros povos, contra os quais teria de lutar, possivelmente não teria coragem de sair de Ur dos Caldeus. O fato de ter confiado somente no que Deus tinha lhe falado mostra que começou sua jornada simplesmente andando pela fé. Se naquele momento alguém lhe perguntasse para onde esta a indo, Abraão provavelmente responderia: “Eu também não sei. Deus está me guiando passo a passo”.

Fonte: DONG Yu Lan. Alimento Diário – Lições Extraídas dos Primeiros Ministros do Passado. Ed. Árvore da Vida, Março, 2010.




Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão.

(2 Coríntios 10: 4-6)


Libertados para Servir a Deus em Unidade
Na Páscoa, o povo de Israel foi libertado da terra do Egito, a fim de servir a Deus. Deus libertou o povo para que este O servisse e com Ele festejasse (Êxodo 3: 18). A saída do povo só foi concedida por Faraó após a décima praga, quando o sangue do cordeiro nos umbrais das portas salvou os primogênitos dos filhos de Israel. O mesmo ocorreu no Novo Testamento: mediante o sangue precioso de Cristo, o Cordeiro imolado que foi nosso substituto, fomos levados para fora do mundo a fim de desfrutarmos Cristo e servirmos a Deus.

Em deuteronômio 16: 16 vemos que Deus reiterou que todos, três vezes ao ano, deveriam ir a Jerusalém para celebrar as festas. Não importando se os judeus morassem perto ou longe de Jerusalém, todos tinham de juntar-se para a celebração das festas. Por um lado, essa reunião tinha por finalidade o serviço e a consagração a Deus; por outro, era para que as doze tribos de Israel estivessem em unidade, a fim de adorar a Deus (Êxodo 12: 1-12). Por isso, as festas tipificam a genuína vida da igreja, onde, além de servirmos a Deus e nos consagrarmos a Ele, estamos em unidade com Seus filhos. Temos, portanto, a incumbência de levar todos os cristãos a verem a necessidade da unidade do povo de Deus e a serem também testemunhas dessa unidade.

(...)
A edificação da Igreja

A partir do dia de Pentecostes, após o surgimento da primeira igreja como as primícias, outras igrejas foram igualmente levantadas. No entanto, devemos estar cientes de que edificar a igreja não é uma tarefa fácil. Esta é uma obra grandiosa e de muito sofrimento. O apóstolo Paulo testemunhou disso aos colossenses, dizendo: “Preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja” (Colossenses 1: 24). As aflições de Cristo foram as que Ele sofreu em Sua crucificação, visando à geração da igreja. Após a ascensão do Senhor aos céus (Atos 1: 9-11) e após o surgimento da primeira igreja, os apóstolos e os cristãos começaram a servir intensamente, a fim de edificar a igreja. Isso era preencher o que resta das aflições de Cristo pela edificação da igreja.

Como vemos nos livros de Colossenses, Filipenses e Coríntios, Paulo experimentou muitos sofrimentos. Em Corinto, por exemplo, cidade da qual Paulo já havia estabelecido a igreja (Atos 18: 1-11), alguns irmãos não o reconheciam como apóstolo, além de haver divisão ali. Alguns diziam que eram de Apolo, outros de Cefas, talvés por considerá-lo mais importante, e outros, talvez por se julgarem mais espirituais, diziam que não pertenciam a homens, mas a Cristo (1 Coríntios 1: 12). Na verdade, eram todos carnais, e essas facções eram sofrimento para Paulo.

No livro de Gálatas, vemos outro sofrimento pelo qual Paulo passou. Depois de ele ter falado incessantemente acerca da economia de Deus, levando os gálatas a viver e andar no espírito, estes voltaram a guardar a lei. Por isso Paulo chamou-os de filhos, por quem, de novo, sofria as dores de parto, até ser Cristo formado neles (Gálatas 4: 19). Todos esses sofrimentos sobrevieram por causa da edificação da igreja. E, assim como Paulo, também fazemos parte da edificação do Corpo de Cristo; por essa razão, é comum que também soframos as dores de parto, preenchendo o que resta das aflições de Cristo. Tais sofrimentos visam também à nossa maturidade de vida.

O relacionamento com os irmãos, por exemplo, pode trazer-nos muito sofrimento, especialmente para aqueles irmãos que parecem não querer crescer e vivem constantemente de acordo com sua vida da alma, com sua mente caída, a mente da carne. A mente pode tornar-se uma fortaleza de Satanás (2 Coríntios 10: 4-6). Portanto, quanto maior for essa fortaleza, maior será o sofrimento para que consigamos destruí-la. Por causa das muitas fortalezas na mente dos cristãos, após quase dois mil anos a igreja ainda não foi plenamente edificada. Pela Palavra de Deus e pelos sinais dos tempos, podemos afirmar que estamos muito próximos do final desta era. Portanto, mais do que nunca, Deus trabalhará rapidamente para consumar Sua edificação.


Fonte: DONG YU LAN. As Três Festas. Ed. Árvore da Vida, Agosto, 1998.






¹ Para mais detalhes sobre este assunto, recomendamos o livro “A Economia de Deus”, do autor Witness Lee, que pode ser comprado pela Editora Árvore da Vida, no endereço http://www.arvoredavida.org.br.
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”
(Gênesis 1: 27)
No quinto dia e na primeira parte do sexto dia, os peixes, as aves, os répteis e os demais animais foram criados. Nenhum deles, entretanto, poderia cumprir o propósito de Deus, que é resgatar a terá das mãos de seu usurpador, Satanás.
Por isso Deus criou o homem a fim de que este cumprisse Sua vontade. Gênesis 1: 26 registra: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”.
O homem foi criado diferente de todos os outros animais, pois tem a imagem e semelhança de Deus. O Senhor Jesus é a imagem do Deus invisível e o primogênito de toda a criação. Fomos criados à Sua imagem (Cl. 1: 15).
Depois de criar o homem e a mulher, Deus lhes deu uma importante incumbência: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn. 1: 28).
Em outras palavras, Deus criou o homem para tomar de volta a terra usurpada por Satanás. Para isso, fez o homem à Sua imagem e semelhança, a fim de que Ele pudesse entrar no homem criado, expressar-Se por meio dele e assim executar Sua vontade na terra.
Ao criar o homem, Deus o formou do pó da terra e, em seguida, soprou o fôlego de vida em suas narinas. Esse fôlego de vida soprado nas narinas do homem formou dentre dele o espírito humano e, como consequência, o homem passou a ser alma vivente (2: 7)
A alma humana é composta de mente, vontade e emoção¹. A mente do homem pode compreender o plano de Deus; sua vontade pode desejar o que Deus deseja; e sua emoção é capaz de conter o bom prazer de Deus. Mas isso não é tudo, pois o espírito humano – a parte mais íntima do nosso ser tripartido – possui uma consciência, que tem acesso direto ao Espírito de Deus.
A consciência foi criada para que a alma do homem fosse governada por Deus. Por meio dela, as três partes da alma podem estar de acordo com o governo divino e exercer as funções para as quais foram criadas. Por meio da consciência, o plano, a vontade e o bom prazer de Deus podem ser transmitidos para dentro das três partes da alma do homem. Isso nos mostra como nosso Deus é perfeito e seu plano é maravilhoso!

Fonte: DONG Yu Lan. Alimento Diário – Lições Extraídas dos Primeiros Ministros do Passado. Ed. Árvore da Vida, Março, 2010.

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